Mensagem aos médiuns pelo Espírito Leocádio José Correia através do médium Maury Rodrigues da Cruz em 09 de setembro de 2015 na Sociedade Brasileira de Estudos Espíritas, Curitiba, Paraná, Brasil.
Nós espíritos estamos na Terra para ensinarmos. Não a reagir contra o próximo, mas a reagir contra um estado de inanição que quando encarnados nós assumimos. Nós precisamos estar permanentemente fazendo compreensão do nosso cotidiano. Daquilo que nós vivemos.
Imagine o corpo de vocês como um barco.
Vocês vão para uma sala de aula: Que azar! Na minha frente sentou na minha frente um sujeito que é maior do que eu. Registraram o aspecto negativo na canoa de vocês
Tomaram um ônibus: um sujeito que não soube me dar lugar, me empurrou. Registraram outro. Depois, chegaram em casa e o filho não fez o que tinha de fazer. Registraram outra vez. Depois, o marido ou a companheira chegou tarde. Vocês registraram outra vez.
Então, durante o dia fizeram dez ou doze registros. Enquanto esses registros não deviam ser feitos.
Vocês todos entram aqui nessa sala, veem algumas coisas erradas. Você passam só os olhos, sentem, mas não registram. Então o que vocês devem tomar muito atenção. Em hipótese nenhuma ser assim. Que calor horrível. Porque que essa sala está quente. Porque que está fria? Primeiro que, aquilo que é ligado a natureza. Vocês precisam compreender. Tem que fazer um esforço para compreender.
Há mais uma coisa que eu quero dizer. Vocês um dia vão há uma pedreira e vejam uma pedra grande. Vejam lá o calceteiro, aquele indivíduo, batendo na pedra. E batendo na pedra. Aí vocês: Não era mais fácil bater do lado. Quem sabe quebra um pedaço. E ele vai continuar batendo, e batendo. De repente, se vocês permanecerem um pouquinho, a pedra vai partir ao meio. Então, é muito importante que vocês entendam que, vocês não podem de maneira nenhum ficar continuamente batendo em vocês. Porque essa coisa que vocês fazem. De ficar reagindo contra o mundo. Contra as pessoas. Nada tá bom. Tudo está desagradável. As coisas estão horríveis.
É evidente que alguns vão para o alcoolismo. Outros vão para a droga. Outras ficam insaciáveis. Outros estão permanentemente se agredindo. Não é possível ser assim.
Vejam essas mulheres, que tem um paninho na porta que tem que passar o pé para entrar na casa. Eu sei que tem de passar. Mas não pode ficar perturbada, porque a casa foi feita também para sujar. Não dá para ter permanentemente uma preocupação intensa sobre todas as coisas. É horrível. Não é possível.
O que vocês registrarem, faz peso. E o barco afunda. Vocês tem de olhar registrar algumas coisas que significam aprendizado. Algumas coisas. A grande maioria não vão registrar. Elas vão passar.
Vocês se preocupam com tudo. E tudo é negativo. E tudo é só o que vocês sabem fazer. Só vocês é que sabem cuidar. Só vocês sabem cozinhar. Só vocês que sabem limpar vidro. Não é possível, meus amigos.
Primeiro, porque aqui ninguém é insubstituível. Segundo, ninguém é tão perfeito que não haja pessoas que possam fazer igual. Aqui tudo é muito relativo. É preciso viver nessa relatividade. Ser relativista é fundamental. Então, recomendo a vocês que sejam mais pacientes com vocês mesmo. Procurem eliminar isso tudo.
Outra coisa, é preciso ser sério. Todas as pessoas. É horrível falar com um homem que a cada cinco ou seis palavras ele diz alguma coisa que é engraçada, ou que faz as pessoas rirem. Não dá para ser assim. Mas, não dá para ficar o dia inteiro concentrado e demostrando para os outros que não está satisfeito: Que é horrível. Que as pessoas são péssimas. Que ele tem de reagir. Que todo mundo é mau. Não da para ser assim.
Tem que ter um rosto aplausível. Um diálogo com o rosto, com os olhos. Um diálogo com o mundo, com a própria face. Isso é um diálogo. Não pode ser alguém que está contra o mundo. Contra, e contra, e contra. Não! Tem que se preparar. Tem que mudar.
Eu estou dizendo isso para vocês porque quero vê-los saudáveis, felizes, dispostos, evidentemente. A construir cada vez mais. Isso é fundamental. É fundamental.
Então, O que eu proponho a vocês é o seguinte: há pessoas que se aproximaram de vocês, que tem defeitos como vocês. Por favor, sejam pacientes com as pessoas. Por favor, particularmente com o companheiro, a companheira. Não da para exigir.
Não há dois seres humanos iguais. Porque no dia que houver dois seres humanos iguais. Olhei o outro olhou também. Fez isso, o outro também. Os dois vão destruir a humanidade. Não da para ter dois iguais. Dois iguais destruiriam a humanidade. Os valores da Terra.
Vocês terão que entender, que vocês tem de aceitar a diversidade. A diversidade do parceiro que está ao lado, daquela outra pessoa. Não se agastem tanto. É horrível isto.
Um dia, passou aqui um menino de onze anos. E ele viu o primo desencarnar. Eu Estava fazendo as prescrições, os receituários e, eu sabia que ele ia chegar e ia falar comigo. A mãe havia me dito que vinha conversar comigo. Eu fiquei pensando, eu tenho de dizer alguma coisa para esse sujeito. Eu tenho de fazê-lo compreender.
Eu estou desesperado. Eu não vou me conformar com a morte de meu primo. E agora?
Você procure compreender, faça mais ou menos assim. – (Vocês depois façam o juízo que quiserem).
Você já viu um casulo? Veja que de repente, ele fechou-se. E deu uma ideia de que ele morreu. De repente vai abrir-se e vai voar, muito. É uma borboleta que vai voar. Então teu primo, nesse momento, está voando aonde? No céu. Olhe aqui para mim. Ele vê você, mas você não está vendo. Porque num primeiro momento você não vai ver. Mas se você prestar mais atenção para futuro, vai sentir que ele está voando muito alto. Mas bem.
Pensem vocês o seguinte: não se agastem tanto também com a morte. Eu sei que é difícil, meus amigos. Vocês pensam que eu não sei? Eu vivi aqui na Terra. Então estou esses anos todos atendendo pessoas que desencarnam. Eu sei como é difícil. Não pense que eu acho que é fácil, e que vocês são espíritas e não devem chorar. Não! Chorem tudo o que vocês tiverem direito. Mas, com moderação e com equilíbrio.
Sejam compreensivos. O importante é compreender, que quem reencarnou faz o trajeto para o desencarne. Todos. Cara bonita, cara feia. Todos. Ninguém vai ficar. Aqui não faz semente como o corpo. Não dá. Vocês tem sempre que imaginar isso. Então, procurem ficar tranquilos, compreensivos.
Lembre-se de uma coisa que eu disse. Eu gosto de vocês todos. Eu ficaria muito feliz. Eu ficaria muito agradecido se eu sentisse que cada um de vocês é alegre. É isso.
Tem que ser alegre. Tem que ter uma alegria interna. Uma alegria interna. Uma alegria para ver o mundo. Para ver as pessoas. Para sentir. Mas isso não pode ficar só aqui na sala enquanto eu estiver conversando. Quando vocês saírem ali, vocês não podem imaginar que alguém está me olhando feio.
Vocês vão ter que burilar vocês, para ver se vocês conseguem realmente fazer essa descoberta extraordinária de que há luz em cada um de vocês. De que há esperança em cada um de vocês. De que há paz em cada um de vocês. E que vocês tem o poder de discernir em fazer o melhor.
Deus esteja conosco. Que Jesus nos ilumine. Que agente de mãos dadas construa um mundo melhor.
Estou junto com vocês. Estou vendo vocês. Que nem aquele menino. Ele não está vendo a borboletinha voar, mas ela está voando. Eu estou voando perto de vocês. Então estou vendo como vocês estão agindo. As vezes eu levo um susto. As vezes eu me assusto. Será que não aprendeu ainda? Não aprendeu. Mas, como todo mundo aprende devagar, porque é na diversidade também. Vai tropeçar na frente. Quem sabe perder a unha do dedão grande do pé. Dai acostuma-se a andar.
Sejam felizes.