O mediunato espírita é a vivência coerente com os princípios da Doutrina. Algumas citações do Irmão Antonio Grimm, retiradas do Caderno de Psicofonia de 1994, podem auxiliar na compreensão do conceito.

"Aprender significa modificar comportamento. Portanto, sempre que o espírito encarnado ou desencarnado altera o seu comportamento, num segmento de seu ser, na força do uso de sua consciência, altera o seu ser por inteiro, a sua relação com a vida, com os caminhos da vida, com o Universo".

"Quando assumimos a postura, as funções, os papéis de agentes mediúnicos, assumimos a responsabilidade de permanentes transformações conscientes, uma vez que passamos a colocar o aprender como plano prioritário do viver".

"Quando se fala em vida, em homem, em pessoa, em aprendizado fala-se em convicções. Podemos, então afirmar que o espírito que sabe viver e sofrer a sua convicção alcançou a coragem para fazer revisão nas suas convicções".

"O Mediunato Espírita representa a responsabilidade de ser espírita, ter compromisso com a Doutrina, com sua vida, a vida cultural de seu povo, ter consciência do absoluto pertencimento à humanidade".

Mediunato é processo aberto que permite alcançar princípios (tais como: Deus Cósmico, moral cristã, livre-arbítrio e responsabilidade, reencarnação como oportunidade de aprendizado, evolução como objetivo da vida, o polissistema espiritual como uma existência concreta), e desdobrá-los em propostas de vida. O mediunato espírita gera e sustenta vivências coerentes entre o conhecimento alcançado pela pessoa em sua trajetória de vida e o seu comportamento no cotidiano. Mediunato espírita, portanto, não é um modelo para o comportamento, mas um padrão flexível de referenciais a partir de valores universais, contextualizados, adaptados para o presente.

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