O iniciado na Doutrina dos Espíritos, deve viver a preocupação constante de se avaliar, fazer reflexão, procurando melhorar sempre a sua conduta, aceitando o próximo como se apresenta, portanto, é feliz.

O materialista, aquele que não crê no espírito, diz-se superior, racional em todas as situações, achando defeitos em todos, nunca na sua pessoa, vivendo uma felicidade de faz de conta, portanto, é infeliz.

O espiritismo, pela sua Doutrina, ensina ao homem, que a dor é a têmpera da vida terrena, não devendo, o espiritista, revoltar-se quando tiver que passar pela experiência da dor, mas procurar transformá-la em energia positiva, que o ajudará a suportar todas as provas com dignidade.

O espiritista, quando entende que, pela dor, pode compreender melhor o próximo e o mundo, consegue aumentar, fortalecer e viver plenamente a fé em Deus. Nunca capitula diante de provações, pois sabe transformar os momentos difíceis em fluidos vitalizadores da existência. O espiritista, pelo Evangelho Redivivo, faz uma leitura de mundo sem revoltas, vitalizando, espiritualizando e transubstanciando todo seu ser pelo espiritual, pelo amor.

O espiritista é forte porque crê em Deus, vivendo no cotidiano as forças integrativas e contraditórias; sem desesperos, fazendo do trabalho, a disciplina que dignifica e constrói a pessoa humana.

A fé em Deus, o respeito ao próximo, o exercício do amor, transforma o homem, harmonizando todos os ambientes.

O espiritista sabe que a força se aperfeiçoa na fragilidade, portanto, é calmo, humilde, fraterno, que transforma o mundo. Todos os dias, todas as horas, todos os minutos, a cada segundo, sob todos os pontos de vista, afirma o processo existencial: aconteça o que acontecer, sou feliz.

O espiritista há de ser sempre um perscrutador do Universo, eterno estudante da verdade. Vivendo e sofrendo a sua convicção, há de saber guardar absoluta, fidelidade ao Evangelho de Cristo. É sereno, pacífico, bondoso. Sabe unir a justiça ao amor. Quando forçado a julgar o próximo, pelas contingências da vida, procura colocar-se, antes, na posição de julgado.

O espiritista consciente da sua fragilidade, não acusa, é piedoso em todas as situações, procura, pela educação, transformar o homem, o social, exemplificando, evangelicamente, o seu existir.

      Sofre resignadamente;

luta sem provocar destruições;

trabalha, conscientemente, pelo bem, para o bem;

      chora como todos os homens;

      procura consolar, compreender, integrar, amar sem nada exigir.

Derrotado algumas vezes, mas sempre vitorioso, porque, no contexto da existência, a sua fé em Deus é, sob todos os pontos de vista, inabalável.

No silêncio do existir, modestamente, exercita os conhecimentos doutrinários espiritistas, vivendo o amor com coragem, determinação, procurando ser no meio da humanidade, socorrista de todos, em todas as horas

O espiritista é mensageiro do Evangelho, nada teme, afirma sempre pelo pensamento, pela palavra, pelo comportamento, a sua confiança plena no Pai.

Muita paz.

Luz no caminho, para alcançar o conceito de mundo aberto. São os votos do amigo e irmão em Cristo.

Leocádio José Correia
Mensagem psicografada pelo médium Maury Rodrigues da Cruz em 03/10/1988